quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Olá pessoal!

O blogauei esteve em falta com vocês durante esse tempo todo em razão de puro desleixo e preguiça (falo mesmo!). Mas é pedindo desculpas que eu espero poder, aos poucos, voltar a ativa e dividir com vocês um pouco dos nossos delírios, acessos e desequilíbrios existenciais. De (re)início, trago pra vocês uma coisinha pouca que eu escrevi em resposta a uma série de reflexões que eu venho tendo ultimamente.

A Pedra.

Eu sou uma pedra. E sou, como tantas outras pedras, testemunha da história. Por mim muita coisa passou, muita gente sentou e chorou, eu fui o descanso para muitos viajantes que por mim passaram e que, de certo modo, para sempre ficaram. Foi sobre minhas costas que a moça sentou e chorou, foi sob esse sol belo e constante que eu sempre existi. Sim, eu sou uma pedra, e não me faço diferente de tantas outras que enfeitam belíssimos anéis, mas que por trás escondem falsas promessas de amor. Eu fui morada para muitos, fui muro, fui encosto, cheguei até a ser arma de mulher enciumada, e depois de tanto existir, vi que continuei a ser pedra, até mesmo quando rolei montanha abaixo, ali eu era pedra, e muito antes mesmo dos gritos tupis rasgando florestas adentro, eu era pedra. Pois é, eu sempre fui pedra, mesmo trazendo em mim signos pré históricos, riscos tão antigos quanto nossos sonhos, e que, por ser assim, muitos pretensos acham que me conhecem. Até mesmo sob a sombra de árvores extintas eu sempre fui pedra. E foi assim, sendo pedra, que eu permaneci até hoje, convicto de quem eu sou.