quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Para AUEI ouvir!


É impressionante o poder e a energia que a musica possui sobre as pessoas! Pensar a musica como uma expressão universalizante das culturas e das performances artísticas é pensar na unidade que os povos deveriam representar no mundo.
Foi fuçando no youtube que vi a beleza das canções da Joan Baez, cantora norte americana de folk que fez muito sucesso ao lado de Bob Dylan, com quem namorou por um certo tempo.
Deixando esses detalhes de lado, recomendo essa canção (It Ain't Me, Babe ) ao público AUEI desse distinto blog, porque é na beleza da canção e do poder de cantar que encontramos o amor pelas coisas. Mesmo através da universalização, já dita, que a musica propõe em sua natureza, reconheço minha pouca afinidade com canções estrangeiras, talvez pela minha ignorância sobre as línguas alheias. Mas, mesmo assim, vejo na musica, seja qual for ela, o poder de tocar e transformar a todos, independente de raça, religião ou opinião. E essa musica, em particular, me fez um pouco mais feliz após ouvi-la.
Nesse vídeo, Joan Baez e a simplicidade de sua musica, que consiste somente em voz e violão, me lembra muito a chilena Violeta Parra, cantora, poetisa e artista plástica que sucumbiu a um fortíssimo amor, levando-a ao suicídio. E, de certo modo, tal relação é existente, porque em sua carreira, Joan Baez gravou canções latinas, inclusive da própria Violeta Parra (a belíssima “Gracias a la Vida”), além da tradicional canção brasileira “Mulher Rendeira”, de Zé do Norte, que está intitulada como “O Cangaceiro” no disco “Joan Baez volume 5” de 1965 (onde você também pode encontrar a musica “It ain’t me babe”).

Espero que gostem!

Um forte abraço e aguardem mais dicas de canções para AUEI ouvir.

Joan Baez - It Ain't Me, Babe (Live 1965)
Obs: Link do disco "Joan Baez Volume 5 - 1965.

Noticias sobre o Magão.

22:35h, Terminal do Papicu. Tudo absolutamente normal. Lá estava eu, como todos os dias, esperando o Aldeota, ônibus que me leva pra casa. Porém, para minha surpresa, meu celular toca, quando eu atendo, para a minha surpresa novamente, é o meu amigo Magão.
- Ei máh, é o Magão!
Para quem não sabe, o Magão saiu em romaria para Canindé a pé, romaria essa que reflete muito bem a natureza AUEI desse sujeito e sua conseqüente admiração pelo Beat Jack Kerouac, autor que muito o influencia.
-E aí cara, tudo bem? Como estão as coisas? Onde tu tá? Rapaz, que bom falar contigo...
Foi uma seqüência desconexa de perguntas que eu fiz, foi uma coisa alucinada, eu estava, de fato, muito feliz de ter noticia desse cara que conhecemos simplesmente por “Saco de Lixo”. Ele me disse que estava bem, que tava descansando da caminhada em algum lugar de Maranguape e que está curtindo muito a experiência. Esse Magão é mesmo um AUEI, eu pensei enquanto falava com ele. E disse para ele: cara, você ta vivendo uma experiência mais AUEI do que a minha nos próximos dias (me referindo aos seis dias que vou passar dentro de um ônibus, rumo a La Paz, na Bolívia). Ele me disse que vai chegar a Fortaleza a tempo, no domingo, para que na segunda ele me veja antes de minha viagem.
Depois ele me pediu o numero do celular da Elaine, disse que ia escrever alguma coisa e, após isso, encerramos a conversa.
Ao chegar em casa, recebo uma mensagem dele pelo celular, que dizia o seguinte:

“Somos valorosos aventureiros em busca das mais desafiadoras empreitadas e que não se amedrontam diante das dificuldades, e sim buscam superá-las, tornando assim tudo mais AUEI e trazendo mudanças a todos que nos rodeiam, porque cada passo que damos significa uma nova aventura! AUEI.”

(Risos) É galera, isso tinha que ser registrado nesse querido blog, porque coisas assim só mostra que estamos vivendo o aueiísmo com muito amor e compromisso nos nossos dias de juventude. O Magão está mostrando que ser AUEI, para nós, não se limita às teorias impressas no nosso cotidiano ueceano, mas rompe as barreiras da palavra e se expressa através de nossos atos e comportamentos, de forma que a estética AUEI se mostra claramente nessa aventura vivida pelo Magão.
Sendo assim, desejo ao meu amigo muita boa sorte, muita alegria e muita aueizagem nessa trilha por onde ele está caminhando. Porque agora ele me provou que é capaz de carregar um tronco de árvore por um, dois quilômetros, mantendo esse espírito iluminado de sempre e que é próprio dele, que é legal...que não é careta!
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Obs: Todos na UECE estão com muita saudade! Você está fazendo muita falta! Palavras da Rachel “Hannah Branca”.

sábado, 26 de setembro de 2009

AUEIÍSMO E LEITECOMPERISMO: Até onde esses meios de vida convergem e divergem?


Fazendo uma definição clara do “aueiísmo” dentro do espaço social em que vivemos, entendemos que esse pensamento, essa estética e esse meio próprio de vida se fazem sob o significado de uma total liberdade de expressar-se e mostrar-se solto. Estamos cientes desde sempre que o “aueiísmo” é uma representação clara dos desprendimentos a esses valores caretas, há muito superados, porém, mantidos inexplicavelmente por essa sociedade cansada e seus velhos signos de moral e organização.
No outro extremo, entendemos na representação “leitecomperista” figurada nas pessoas reservadas de certos valores, não precisamente aqueles valores que não tem nada a ver, mas simplesmente valores reprimidos por um longo processo de evolução do pensamento conservador, instalado, principalmente, no seio da família, de onde tiramos a nossa quase total formação educacional e social. O “leitecomperismo”, dessa forma, se expressa através dos sentimentos “aueiístas” reprimidos e até mesmo policiados pela organização moral e social existente desde sempre, de forma que, de uma forma bem sintética, podemos dizer que o sujeito LEITE COM PÊRA nada mais é do que um AUEI preso ao tradicionalismo socialmente construído.
Nesse sentido, é necessário entender que o homem tem, por tendência natural, o espírito AUEI, porém, pela construção viciada de nossa civilização, onde se tem tentado controlar o caos, numa tentativa sem maiores sucessos, o “aueiísmo” passou a assumir um caráter inválido no espaço em que vivemos, sejam esses espaços acadêmico, religioso ou outros onde o homem se dotou de uma “fachada” para esconder suas tendências a liberdade desenfreada, signo máximo do “aueiísmo”.
O “aueiísmo” representa, dentro de nossa realidade, a livre elevação de espírito, de elevação das mentes e das idéias, antes presas ao peso do sufoco “leitecomperista”, que não permitia ao individuo maiores performances AUEI’s, nem tão pouco a elaboração de uma postura intelecto-auei. O sujeito AUEI é aquela pessoa que, por força maior de sua natureza AUEI, conseguiu se desvencilhar e romper com as cercas “leitecomperistas”. Porém, ainda assim, o sujeito como AUEI, ainda mantém certos resquícios “leitecomperistas”, uma vez que podemos entender no “leitecomperismo” uma condição de relação social necessária no mundo careta, não sendo, por isso, uma condição totalmente antitética ao “aueiísmo”.
Assim, fica claro que o “leitecomperismo” e o “aueiísmo” existem numa relação de complemento, onde o “leitecomperismo” é um controle, um medidor de segurança do “aueiísmo”, para que, dessa forma, não se permita excessos já tão permitidos no “aueiísmo”. É, por isso, o “aueiísmo” e o “leitecomperismo” duas representações que ora mostram-se contrárias, ora mostram-se favoráveis, numa relação tensa onde não se definem limites e nem se medem coerências.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Pontos de destaque AUEI.




Corações AUEI’s, que voam dotados da liberdade particular da natureza de nossa proposta! Ser AUEI para suportar a vida, mas não falo da vida em sua essência ideal, que nos faz vivos pelo milagre e que prova, com isso, o belo projeto em andamento que somos, mas o que ela se tornou, a maneira que a macularam e a forma criminosa que uns a tem considerado, fazendo das relações cotidianas uma regra medida e pesada, onde os seres (todos os seres, desde que se permitam prender-se) estão subjugados a essas regras.
O bom senso AUEI, que rege apenas uma regra, a que nos diz para sermos o nosso agrado, onde nos fazemos felizes por sermos e por agirmos da maneira que melhor nos convém. Onde buscamos a paz no sossego suspeito das árvores que nos cercam e que nos tem simpatia.
O espírito AUEI, que flui espontaneamente de nossos corpos e que reflete a engenharia impecável de Deus, fazendo-nos pensar ao menos uma vez que há algo muito maior do que tudo isso que conhecemos.
A alegria AUEI, marcada pelo vicio e pelo descontrole em ser feliz, encarando os desafios com a leveza risonha, impressa nas margens claras do espírito e do gosto da carne. A alegria que prova, em dias tão difíceis, que ser AUEI é uma necessidade de transformação do cotidiano.
Pensar como pensa um AUEI, trazendo para dentro da cabeça o resultado do que, há pouco tempo atrás, havia saído da mesma cabeça, do mesmo lugar, numa mesma produção. Pensar como pensa um AUEI, desprendido de valores que não tem nada a ver, que são, comprovadamente, caretas, valores eternamente submersos na lama de barro, lodo e água de privada. Pensar como pensa um AUEI, novamente, e pensar pela segunda vez o que um AUEI próximo a ti pensaria, compreendendo a realidade AUEI do teu próximo, e permitir ser analisado e construído pelos demais AUEI’s.
Assim, ser AUEI não requer nenhuma regra, requer apenas a aceitação da nossa natureza individual-coletiva, entendendo, a partir daí, que o ser humano nasce AUEI, a sociedade apenas o complementa.

domingo, 20 de setembro de 2009

Como me tornei AUEI.

É mais simples do que parece ser. E assim eu percebi, durante aquela manhã em que eu, acordado, ainda via estrelas no céu, estrelas da noite que insistiam em existir, permanecendo forte e humilde sob o sol de nossos dias. E era assim, dessa maneira, a insistência de surgir, e surgia por entre a terra frouxa no pé da calçada de nossa casa como surgia o amor no sorriso simples da primeira menina. E, absolutamente convencido de que eu não esperava por nada que não viesse da minha vontade, pensei duas vezes sobre aquela árvore, onde, suspenso pelos sonhos ousados, eu brincava como brincava antes correndo pelos quartos e salas. Era assim, novamente preso apenas pelo espaço vago dos olhos de nossa alegria, aberto e cortado pelo vento agreste que varria nossa vizinhança, que eu vivia minha vida. Tudo isso passou e, quando a poeira do cotidiano baixou, eu me vi só, tão só e tão pensativo como nunca fui, traçando maneiras de me explicar e de expicar tudo aquilo que minhas mãos materializam, de pensar o pensamento pensado por mim mesmo e que não me tem uma origem tão clara como deveria parecer ter. Era essa poeira cotidiana o perigo que me sufocava e que tirava meu fôlego de menino, deixando-me tão sujo quanto os dias de briga entre nossos irmãos, desesperados para viver sem sequer se importar com o que teriam que fazer para isso. E foi assim, marcado por um pouco de dor e lavado com toda felicidade do mundo, que eu me tornei AUEI...
***
Mermão, foda-se ó...Ser AUEI é falar o que pensa e como pensa, é curtir o barato e não ser careta, é mais do que tudo isso, é estar legaaaaaal. O cara AUEI é aquele cara que sabe fazer uma coisa, duas coisas no máximo, mas que sabe fazer bem, é aquele cara que carrega um tronco de árvore por 1km, 2km...Ser AUEI é, em sintese, o anti fruto gerado pelos nossos dias de hoje.
E fim de papo...

Introduzindo

Se você é do tipo de pessoa naturalmente inquieta. Que sempre se perguntava porque seus amiguinhos da escola eram tão normais. Se sempre achou todos muito previsíveis. Se você é do tipo que mija na piscina por opção política e não come vegetais porque considera isso crueldade. Se a transgressão dos valores sociais lhe é algo natural, este blog tem sentido pra você.

O blog Auei nasce para discutir tudo que é relativo ao movimento auei no mundo contemporâneo, e nós, deformadores de opinião, mostraremos para vocês a beleza dos valores que tem tudo a ver. Eu sou um dos contribuidores daqui e espero que consiga introduzir em vocês, várias vezes, o Auei-ismo.

Minha primeira postagem, então, tem de ter alguma mensagem importante para vocês, e esta é: Todo dia, ao acordar, não se perguntem o que deve ser feito para o trabalho ou para a faculdade, e sim, o que pode ou não ser feito para tornar seu dia mais auei! Pois, como já dizia o mestre Belchior, com seu bigode exemplar, enquanto houver espaço, corpo, tempo, e algum modo de dizer auei, cantemos. Até a próxima.
Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam.


Já dizia Jack Kerouac!!

Vivemos a era dos milagres. Foram-se os dias do sossega-leão; os tarados estão na pior; os ousados trapezistas quebraram as vértebras. Era de maravilhas, quando os cientistas, em cumplicidade com os sumos sacerdotes do Pentágono, ensinam de graça a técnica da destruição mútua, porém total. Progresso, pois sim! Faz disso um romance legível, se conseguir. Mas não me vem reclamar das misturas de vida com literatura direitinha e limpa sem lixo radioativo. Que falem os poetas. Eles são AUEI mas não são os donos da bomba. Pode crer: não tem nada limpo, nada saudável, nada promissor nessa nossa era de maravilhas só o cantá-la. E a última palavra provavelmente vai ser dos Ronalds da vida.

Adaptado do texto de Henry Miller.

sábado, 19 de setembro de 2009

Primeira postagem.


Essa primeira postagem tem o intuito de dar as boas vindas para quem tiver a boa vontade de nos visitar. Espero que gostem do conteudo. Em breve texto de Bruno Rodrigues e Rolald Rodrigues.
Abraço a todos.