domingo, 20 de setembro de 2009

Como me tornei AUEI.

É mais simples do que parece ser. E assim eu percebi, durante aquela manhã em que eu, acordado, ainda via estrelas no céu, estrelas da noite que insistiam em existir, permanecendo forte e humilde sob o sol de nossos dias. E era assim, dessa maneira, a insistência de surgir, e surgia por entre a terra frouxa no pé da calçada de nossa casa como surgia o amor no sorriso simples da primeira menina. E, absolutamente convencido de que eu não esperava por nada que não viesse da minha vontade, pensei duas vezes sobre aquela árvore, onde, suspenso pelos sonhos ousados, eu brincava como brincava antes correndo pelos quartos e salas. Era assim, novamente preso apenas pelo espaço vago dos olhos de nossa alegria, aberto e cortado pelo vento agreste que varria nossa vizinhança, que eu vivia minha vida. Tudo isso passou e, quando a poeira do cotidiano baixou, eu me vi só, tão só e tão pensativo como nunca fui, traçando maneiras de me explicar e de expicar tudo aquilo que minhas mãos materializam, de pensar o pensamento pensado por mim mesmo e que não me tem uma origem tão clara como deveria parecer ter. Era essa poeira cotidiana o perigo que me sufocava e que tirava meu fôlego de menino, deixando-me tão sujo quanto os dias de briga entre nossos irmãos, desesperados para viver sem sequer se importar com o que teriam que fazer para isso. E foi assim, marcado por um pouco de dor e lavado com toda felicidade do mundo, que eu me tornei AUEI...
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Mermão, foda-se ó...Ser AUEI é falar o que pensa e como pensa, é curtir o barato e não ser careta, é mais do que tudo isso, é estar legaaaaaal. O cara AUEI é aquele cara que sabe fazer uma coisa, duas coisas no máximo, mas que sabe fazer bem, é aquele cara que carrega um tronco de árvore por 1km, 2km...Ser AUEI é, em sintese, o anti fruto gerado pelos nossos dias de hoje.
E fim de papo...

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